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Hora da tarefa

É lindo ver o desenvolvimento de seus filhos. Dá um orgulho danado a leitura das primeiras sílabas, que logo viram palavras. Depois frases... texto já fica um pouco mais complicado! E bota complicado nisso.

No começo do ano passado, as tarefas da minha filha mais velha sofreram uma revolução: de simples folhas de papel A4 com algo para completar para cadernos e folhas de cópias. Os cadernos chegaram em casa e logo no primeiro dia de tarefa já rolou o stress. A filha mais velha, desconsolada, olha pra folha de tarefa e diz (chorando): É muita cooooooooooooooisa! Eu não consiiiiiiiiiiiiiiiiiigo!

Muitas lágrimas depois, muita paciência pra não perder a paciência, muita psicologia materna pra dizer que "lógico que consegue, senão você não teria passado de turma" ou "Muito bem! Tá vendo como você consegue?!", alguns lápis atirados ao chão, birra e, finalmente, bronca, chegamos ao fim da tarefa da segunda-feira! A coisa se repetiu todos os dias daquela semana.

Com o passar dos meses e com a prática, a coisa foi se desenrolando mais fácil. Às vezes rolava um "não vou fazer porque é muito", "minha mão tá doendo", "vou fazer um pouco agora e um pouco depois", etc. O fato é que a choradeira terminou. As férias vieram, nada de tarefas... quase 60 dias em casa, louca pra voltar pra escola, ver os colegas, começar o 2º ano! Viva!

Eis que, senão, quando, a abençoada folha de tarefas e os lindos cadernos encapados pela Vovó ressurgem da mochila! Junto com eles, advinha? A temida folha de tarefas (caramba)! Vamos que vamos, né? Engano seu... o melodrama retornou a esta casa, desde quarta-feira da semana passada. A hora da tarefa virou a "Hora do Pesadelo 1, 2, 3 e 4"!

Tenho que concordar que, pra quem ficou tantos dias de férias, a escola bem que exagerou na dose, querendo cumprir o calendário, cronograma ou sei lá o quê. Vai ser o meu tópico na reunião que me aguarda, na escola, nessa semana. Acho que todo este retorno poderia ser gradual, crescente e mais prazeroso - pra ambas as partes! Afinal de contas, tarefa não é castigo e nem deveria ter este efeito, em ninguém. Tá bom que toda obrigação é chata e ninguém quer fazer, de bom grado mas, sempre tem um jeito de melhorar a coisa, dar o remédio fracionado, passar Merthiolate e depois assoprar, entende?

Bola pra frente, duas hora de tarefas escolares diárias e um quilo de paciência. As lágrimas vão secar e ela vai continuar crescendo! Bem que eu vivo pedindo pra que cresça mais devagar...

Comentários

  1. Ai ai ai... depois q a gente cresce sente falta dessas coisas...rs

    O duro que no 1º ano tive trauma pq a minha professora me enchia de tarefas, e era um chororo só. Minha mãe chegou a reclamar, mas segundo a professora era para ela pegar no meu pé q eu terminava rápido... Mesmo com minha mãe do lado me ajudando levava quase 4 horas para fazer tudo!!! Isso pq saia da escola as 13 hs. Chegar em casa, almoçar e ainda ficar a tarde toda fazendo tarefa? Peguei um trauma q até hoje nem comprimento a professora! rs Mas nos outros anos melhorou bem...rs... Sei que tudo q ela me ensinou sei até hoje...mas não precisava exagerar né. Eu era criança e precisava brincar!!! rs

    Bjos

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  2. Karina, o meu terror sempre foi a tal da matemática! Mas tb chorei pra fazer tarefa... Dei uma passada no seu blog. Acho que estaremos sempre trocando comentários ;)

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  3. O pior era fazer as tarefas com o papai do lado... Paciencia zeeeeeeeeeeeeero!!!!!!!!!!!!!!
    Mas que eh bom fazer um drama, culpar a mao, o lapis, a borracha, isso eh!

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