Quantas vezes estivemos de luto no ano passado? Quantas vezes o luto vai passar e a nossa memória vai apagar as "tragédias anunciadas"?
O Brasil chora por jovens mortos, mas também já chorou por aqueles que morreram em edifícios que desabaram, em aviões que cairam, em aterros sanitários que engoliram casas, em escolas - assassinados à tiros, em desabamentos e enchentes, em incêndios, afogados em piscinas de escola infantil, em acidentes de trânsito ou nas estradas... e, depois de um tempo tudo volta ao normal. Até quando será normal?
É cruel colocar o dedo na ferida, mas o pior de tudo é sentir indignação e saber que nada muda. O brasileiro tem memória seletiva. No auge da tragédia todo mundo age, cobra e se comove. E nos outros dias do ano?
Daqui há pouco, Santa Maria vai ser só uma lembrança triste. Nada vai mudar. Muito se fala e pouco se faz... cadê o alvará, o projeto de engenharia, o detector de metais, as revisões mecânicas, a Lei Seca, a Lei do Desarmamento, projetos sociais e urbanos?
Cadê, gente?
É Tha... a gente se acostuma com tudo. Com o bom e com o ruim. Daqui a pouco, o bom não é mais tããããão bom, assim. Porque a gente se acostuma com ele. Da mesma forma, o ruim não é assim, catastrófico, depois de uma semana, um mês, um ano, uma década... ele fica “normal”. Algo lamentável e só. Porque pra quem não sente na pele a tragédia, ela apenas acontece no terreno do vizinho!
ResponderExcluirInfelizmente, a gente se esquece de que, pro outros, nós somos o vizinho. Então, pode acontecer no NOSSO terreno, na nossa vida, também.
Ah se tivesse um filho de governante dentro da boate incendiada, morando no edifício destruído, na rua em que o atirador passa, na rodovia onde o bêbado dirige. Ah se!....
Bjos e bênçãos.
Mirys
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